9 de out. de 2009

Obesidade Mórbida

A Organização Mundial de Saúde (OMS) utiliza o IMC (Índice de Massa Corporal) para classificar a obesidade da população. O cálculo divide o peso do paciente pela sua altura elevada ao quadrado. Acima de 25 kg/m2 o indivíduo está com sobrepeso, de 30 kg/m2 ele é considerado obeso e a partir de 40 Kg/m2 ele alcança a obesidade grau III ou mórbida, diretamente relacionada ao aumento da mortalidade e a ocorrência de diversas doenças associadas, as chamadas co-morbidades.
Considerando que a obesidade é uma condição médica crônica e causada por múltiplos fatores, seu tratamento envolve abordagens de caráter nutricional, medicamentoso e prática de exercícios físicos. Nenhuma delas faz milagre, o resultado depende fundamentalmente da consciência do paciente de que sua performance determinará o resultado. Cerca de 95% dos pacientes que passam pelo tratamento convencional recuperam seu peso inicial em dois anos, aos que não conseguem restam as intervenções mais incisivas.
A cirurgia bariátrica (ou redução do estômago) é o método mais eficaz para a cura da obesidade mórbida. Realizada no Brasil há 34 anos, estima-se que hoje em torno de 20 a 25 mil cirurgias sejam realizadas no país anualmente, sendo que apenas 20% delas pelo SUS (Sistema Único de Saúde). O paciente que se propõe a fazer uma cirurgia para tratamento da obesidade ingressa num longo processo de readaptação corporal que começa dois anos antes e só termina dois ou três anos depois.
É importante salientar que para realização deste procedimento, alguns critérios devem ser obrigatoriamente seguidos tais como: presença de obesidade mórbida estável por um período superior a dois anos, idade acima de 18 anos, tratamento clínico prévio ineficaz – pelo menos dois anos de tentativa de emagrecimento comprovada, ausência do uso de drogas e bebidas alcoólicas, ausência de doenças com riscos inaceitáveis para cirurgia e de doenças endócrinas como causa da obesidade, compreensão dos riscos e das mudanças de hábitos de vida pós-cirurgia e a necessidade de acompanhamento pós-operatório com equipe multidisciplinar, isto é, formada por vários especialistas.
Atualmente, o grande problema observado é que, a médio e longo prazo, os pacientes passam a apresentar os mais variados graus de desnutrição protéica e calórica, e de anemias e deficiências vitamínicas diversas, que, na maioria das vezes poderiam ter sido completamente evitadas se o paciente estivesse sendo acompanhado de perto por uma equipe multidisciplinar antes, durante e principalmente após a cirurgia bariátrica. Fica claro que, para o sucesso duradouro do procedimento cirúrgico, é fundamental que sejam obedecidos todos os critérios de seleção de candidatos à cirurgia e que o acompanhamento clínico/nutricional pós-operatório seja criteriosamente realizado e continuado para o resto de suas vidas.
Segundo dados de um importante hospital paulistano do bairro Moema, que realiza uma média de 300 cirurgias bariátricas por ano, cerca de 65% dos pacientes têm um percentual de perda de peso acima de 50%, num espaço de tempo entre 6 meses e um ano pós-cirurgia. Nesse mesmo período, 76,92% apresentam cura das doenças associadas à obesidade.
Fonte: Isabella V. de Oliveira é graduada em medicina pela UFRJ e mestranda em Ciências da Saúde pela UNB
Bom... com base nas informações acima, conclui-se que... a redução do estômago sozinha não adianta em nada para combater a obesidade.. Isso porque, comprovou-se que muitas pessoas após a cirurgia voltou a ganhar peso; outras até passaram a ter alguns vícios, inclusive com bebidas alcóolicas; isso porque, em razão da perda de peso, a pessoa passa a ter uma vida social mais ativa, até porque acaba dando um "UP" na estima, né gente?!... então, a falta de preparo psicológico leva esse indivíduo a ter atitudes não tão saudáveis que o prejudicam ainda mais.
Assim sendo, àqueles que necessitam da intervenção cirúrgica, é imprescidível que (man)tenham um acompanhamento com uma equipe de especialistas, para que possam, de fato, reeducarem a sua alimentação, saber que terão que suprir os nutrientes e vitaminas necessárias para os seus organismos, tratar suas mentes, lembrarem-se sempre que as suas vidas mudaram... que é um renascimento e, assim sendo, deverão seguir a risca a mudança para novos hábitos saudáveis por toda a vida.
Há muitas pessoas que dizem "o cara emagreceu, mas a cabeça contnua gorda"... e, infelizmente, isso é uma verdade... o cidadão esquece que seu estõmago voltará a dilatar e ele será um forte canditado a voltar a ser um obeso e pior, até mórbido!!!
É... tem que se manter a vigilância sempre para que não aconteça o pior.

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